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Dólmen de Antelas

O Dólmen de Antelas está para a arte pré-histórica como o teto da Capela Sistina está para a arte renascentista italiana.

Também conhecido por Anta Pintada de Antelas, é referido pela primeira vez por Amorim Girão, na sua emblemática obra de 1921, “Antiguidades Pré-Históricas de Lafões”, este monumento destacou-se “por nos parecer absolutamente intacta”.

Alvo de várias intervenções e pesquisas, desde o início do século XX até aos dias de hoje, devido ao seu excelente estado de conservação, apresenta-se como um monumento único na região. Graças à intervenção realizada por Domingos Cruz, foi possível datar o monumento entre 3990 e 3700 a.C., por radiocarborno.

Ao entrar no interior do dólmen, é possível observar algumas das pinturas e gravações mais fascinantes da pré-história. Grande parte dos motivos encontra-se emoldurada por fiadas verticais de triângulos sobrepostos e linhas serpentiformes. Destacam-se uma misteriosa figura retangular de cor vermelha, debruada a preto, sobre a qual se encontra o famoso “pente”, e a representação de uma figura humana da Pré-História europeia, com a representação de um sol.

Este espantoso dólmen entra, assim, pela porta grande da arqueologia, assumindo-se como um dos mais importantes monumentos portugueses.

Classificação: Monumento Nacional

Concelho: Oliveira de Frades / Freguesia: Pinheiro / Lugar: Antelas

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Coordenadas:

40º42’45.18”N | 8º14’38.49”W

Dólmen de câmara poligonal e corredor diferenciado em planta e em alçado. A câmara funerária é composta por oito esteios em granito, medindo 2,6 m de largura, 2,4 m de comprimento e 2,2 m de altura. O corredor, diferenciado daquela em planta e alçado e orientado a Este, é formado por cinco esteios, também em granito, no lado norte e quatro no lado sul, medindo 3,4 m de comprimento, 1/1,1 m de largura e 1,3 m de altura. Na área fronteira ao corredor encontra-se um átrio de planta ovalada com 2,2 m de comprimento, delimitado perifericamente por uma cintura de pedras, ao qual se acede por um corredor intratumular com 5,4 m e 1 m de largura.

Partindo de Oliveira de Frades, tome a N16 em direção a Pinheiro de Lafões, após a qual tome a M617 até à povoação de Antelas. O monumento fica a menos de 1 km da povoação.

O espólio pode ser visto no Museu das Técnicas Rurais de Oliveira de Frades e no Museu Geológico de Lisboa. As visitas ao interior do monumento são restritas e efetuadas por marcação prévia (email: patrimoniostempo@cm-ofrades.pt / tel: 961 786 064).

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