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Anta Maior da Pedralta

Verdadeiro ícone da arte megalítica, a Anta Maior da Pedralta revelou alguns dos mais espantosos motivos pintados do Neolítico.

O achado das pinturas foi motivo de uma das maiores polémicas da arqueologia portuguesa dos inícios do século XX.

Este dólmen encontra-se na Serra de Côta, integrado numa vasta necrópole de mais de 20 monumentos dispersos por vários núcleos. O núcleo da Pedralta é constituído por cinco monumentos de vários períodos da Pré-História, alguns dos quais já muito destruídos.

Esta anta foi descoberta e escavada entre os dias 12 e 14 de agosto de 1912 por José Coelho, arqueólogo de Viseu. Como sempre fazia, registou com cuidado os seus achados, dando a conhecer um dos mais emblemáticos monumentos megalíticos da Beira Alta.

O que destaca esta Anta das restantes são os motivos pintados nos esteios, que se traduziram numa descoberta sensacional e única. Nas pinturas, é possível identificar “dentes de serra”, motivos geométricos, como as colunas de triângulos e ziguezagues verticais, e por ramiformes, e as linhas horizontais que dividem o espaço compositivo em vários registos, desenho pouco comum. Algumas destas pinturas estão expostas no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Concelho: Viseu / Freguesia: Côta / Lugar: Pedralta

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Coordenadas:

40⁰47’07.8’’ N / 7⁰4’37.3’’ W

O dólmen aparenta ser de câmara poligonal com nove esteios e corredor, talvez vestibular, e uma mamoa de grandes proporções, com 20 m de diâmetro e 2 m de altura.

Tome a Estrada Nacional 323 que segue em direção a Vila Nova de Paiva. É uma estrada incrível, uma autêntica scenic road, onde pode admirar alguns dos maiores afloramentos graníticos de Portugal. Após passar por Nogueira de Côta, percorra a estrada até ao cruzamento que segue para Sanguinhedo/Vila de um Santo e atravesse a povoação de Côta. No final da povoação tome uma estrada florestal, em terra batida. Encontra sinalética local.

O espólio do monumento pode ser visto na exposição “José Coelho – A Paixão pelo Passado”, patente no Polo Arqueológico de Viseu António Almeida Henriques, em Viseu. Dois dos esteios pintados encontram-se no Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

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